Uma tontura súbita.De repente, tudo parece
girar e as idéias se dissipam, querendo separar-se do corpo. A sensação é de
pavor, de perda de controle.O estômago dá voltas, e parece que o pequeno bolo
digestivo quer sair garganta acima.
Os olhos se fecham, mantém sua ausência
de movimento e aos poucos parece que os pensamentos voltam para o lugar.Mas a tentativa de ver a luz, novamente traz a impressão de que o chão é etéreo e de
que corpo e mente vão sublimar.
Mais uma vez os olhos procuram descanso e a
respiração profunda tenta trazer a realidade.Inspira, expira. Inspira, expira. Inspira, expira.As pálpebras se separam, a parede dá apoio e a consciência
chama: é preciso andar!Com passos rápidos desce a escada e tudo recomeça...
Lá vai a mente quase sublimando, a luz desvanecendo, o chão se diluindo e
todos os medos e incertezas voltando.
Imagem: Impression: soleil levant, Claude Monet.
3 comentários:
Lindo poema Sara!
Ás vezes a gente se sente assim mesmo...Como dizia a canção Roda Viva: "Têm dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, e a vida estancou de repente..."
Ontem na aula de Português confeccionei um poema semelhante ao seu, a Raquel até impressionou-se e me perguntou se estava tudo bem...hehehe
Mas tudo na vida é passageiro, graças ao bom pai que somos os "motoristas" de nossas vidas e a gente consegue mudar de rumo.
Um abraço querida,até.
Jaque Crivilatti.
Melhora logo, ta?
Te amo!
a imagem me fez lembrar que hj temos aula com o sandro rsrs!
beijos sá ;*
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