14 agosto, 2007

Tontura


Uma tontura súbita.
De repente, tudo parece
girar e as idéias se dissipam, querendo separar-se do corpo. A sensação é de
pavor, de perda de controle.
O estômago dá voltas, e parece que o pequeno bolo
digestivo quer sair garganta acima.
Os olhos se fecham, mantém sua ausência
de movimento e aos poucos parece que os pensamentos voltam para o lugar.
Mas a tentativa de ver a luz, novamente traz a impressão de que o chão é etéreo e de
que corpo e mente vão sublimar.
Mais uma vez os olhos procuram descanso e a
respiração profunda tenta trazer a realidade.
Inspira, expira. Inspira, expira. Inspira, expira.
As pálpebras se separam, a parede dá apoio e a consciência
chama: é preciso andar!
Com passos rápidos desce a escada e tudo recomeça...
Lá vai a mente quase sublimando, a luz desvanecendo, o chão se diluindo e
todos os medos e incertezas voltando.
Imagem: Impression: soleil levant, Claude Monet.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema Sara!
Ás vezes a gente se sente assim mesmo...Como dizia a canção Roda Viva: "Têm dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, e a vida estancou de repente..."
Ontem na aula de Português confeccionei um poema semelhante ao seu, a Raquel até impressionou-se e me perguntou se estava tudo bem...hehehe
Mas tudo na vida é passageiro, graças ao bom pai que somos os "motoristas" de nossas vidas e a gente consegue mudar de rumo.
Um abraço querida,até.
Jaque Crivilatti.

Luiz Longo disse...

Melhora logo, ta?

Te amo!

pri fernandes disse...

a imagem me fez lembrar que hj temos aula com o sandro rsrs!

beijos sá ;*