Dia desses, enquanto meus colegas de classe discutiam calorosamente os problemas atuais do Brasil, não me contive. Ora, apontar o dedo e bater o pé dentro da academia não adianta nada, falei enquanto sentia o sangue indo todo para a cabeça. Eu tentava dizer que os estudantes têm força, mas o movimento estudantil é liderado em causa própria, quando fui interrompido por alguém: o estudante é massa de manobra!
Foi o suficiente para eu ver que aquela discussão não levaria a nada. Contive minhas palavras e o sangue foi voltando ao corpo. Minha mente estava a mil, mas preferi ficar a sós com meus pensamentos.
O indivíduo afirma, com toda certeza, que ele próprio é usado para atingir os interesses alheios e ainda por cima acha que isso justifica o seu “não fazer nada”. Talvez seja mesmo a hipnose teletransmitida atingindo até os seres mais pensantes do país, que para mim sempre representaram a chance de um futuro melhor.
Nessas horas, eu perco mesmo a esperança...
Foi o suficiente para eu ver que aquela discussão não levaria a nada. Contive minhas palavras e o sangue foi voltando ao corpo. Minha mente estava a mil, mas preferi ficar a sós com meus pensamentos.
O indivíduo afirma, com toda certeza, que ele próprio é usado para atingir os interesses alheios e ainda por cima acha que isso justifica o seu “não fazer nada”. Talvez seja mesmo a hipnose teletransmitida atingindo até os seres mais pensantes do país, que para mim sempre representaram a chance de um futuro melhor.
Nessas horas, eu perco mesmo a esperança...
2 comentários:
A inércia entre toda a população brasileira é tanta,que todos já se connormaram com a realidade de serem conformados.
Eu não me isento dessa condição de inércia.
Só queria tentar entender a partir de quando nos tornamos tão passivos,tão dóceis, tão umbigocêntricos e tão sem noção de realidade real.
Talvez nos tornamos tão passivos com o "boom" da tecnologia,da informação,da manipulação em massa.
A cada dia que passa,sinto mais necessidade de ler Baudrillard.
Quanto a fazer,talvez essa vontade seja grande, mas o desânimo de ver meio mundo na inação supere qualque vontade.
O que precisa mudar é a visão do próprio estudante sobre o movimento estudantil. Hoje as entidades são utilizadas para manter a força de alguns partidos que a muito tempo não representam ninguém. Tem muita gente que quer lutar por boas causas, mas, a institucionalização do movimento estudantil, dominado por partidos, acaba afastando as pessoas. Um grande erro é achar que os partidos são uma coisa ruim. Vivemos em uma sociedade democrática e representativa, ou seja, é necessário que existam partidos políticos. Infelizmente se o jovem não participar do movimento estudantil e dos partidos, eles não se oxigenam e as velhas práticas continuam. Muitas vezes quem participa mais ativamente, como eu, também acaba desanimando. Mas o importante é não desistir nunca.
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